Aquela velha expressão clichê de
que “O tempo passa de pressa” se aplica em quase todos os contextos. No entanto,
tenho para mim que ela só se torna real, quando nos damos conta de que saímos de
nossa zona de conforto, perdemos algo ou quando deveríamos ter aproveitado
melhor alguma oportunidade.
É inegável que o CsF (Ciência sem Fronteiras) é uma oportunidade única na vida
de muitas pessoas e que com certeza será o diferencial de muitos profissionais
brasileiros em um futuro não muito distante. Tendo isso em mente tenho tentado
fazer o possível para aproveitar ao máximo essa experiência.
A Universidade de Óbuda nos
recebeu de braços abertos e logo de cara senti uma estrutura favorável ao meu
aprendizado. Logo nos proporcionou mentores, que são pessoas ligadas a
universidade e que nos auxiliaram em várias tarefas acadêmicas, nos ajudaram
nos “primeiros passos” por Budapest, facilitando o contato com os professores,
coordenadores e sempre visando solucionar quaisquer outros problemas que possam
vir a surgir.
Nos primeiros meses eu morava em
um dormitório, dividindo quarto com outros dois brasileiros. Com o tempo, o
fato de não ter quarto individual começou a me incomodar muito e resolvi então
procurar por um apartamento. No entanto, devido ao meu envolvimento com as
atividades acadêmicas, tive que deixar essa busca para o final do mês de
janeiro. Com isso não me sobraram muitas opções com preços favoráveis, pois os
outros estudantes intercambitas já haviam alugado as melhores opções.
Finalmente, depois de muita procura, consegui achar um apartamento bem
localizado, espaçoso e com um quarto individual.
A comida húngara não é lá grande coisa, eles
comem muita carne de porco e massa. Sendo assim, talvez uma das coisas mais
difíceis que tive que aprender na marra foi a cozinhar. Antes o máximo que
conseguia fazer era strogonoff; atualmente já consigo fazer alguns outros
pratos rápidos e práticos. Como agora
estou morando em um apartamento, posso fazer coisas mais elaboradas ainda, como
por exemplo: Pão de queijo! J
Na universidade de Óbuda também
tenho oportunidade de cursar disciplinas das quais jamais eu poderia imaginar
cursar no Brasil. Tenho absoluta certeza que todas as experiências que aqui estou vivendo serão muito úteis em meu futuro, tanto profissionalmente quanto como cidadão.
O dinheiro da bolsa, se bem
administrado, pode ser usado para outras coisas, como por exemplo, viagens. Com
isso pude conhecer alguns países que eu sempre sonhei conhecer. Foram
experiências inenarráveis!
Apesar de muita coisa boa ter
acontecido, isso foram apenas os 6 primeiros meses, e eu acredito que ainda
tenho muito a aprender, muitos lugares para ir e mais experiências para viver,
e se forem tão boas quanto a dos últimos 6 meses, tenho certeza absoluta que
elas serão as mais incríveis.